quarta-feira, 13 de julho de 2011

biopirataria




  A biopirataria é a prática ilegal de exploração, manipulação, exportação e comercialização de recursos biológicos de um país a outro. Brasil, Indonésia, China e Índia sofrem com esse processo descontrolado. Temos o título de maior biodiversidade mundial, e por isso nossa fauna e flora estão na mira dos biopiratas e indústrias estrangeiras. Uma tentativa de resolver problemas dessa exploração foi a criação, em 1992, da Convenção da Diversidade Biológica, que busca regulamentar os recursos biológicos e a sua comercialização.

Muitos contrabandistas se passam por turistas, cientistas bem intencionados e conseguem entrar em contato com integrantes de comunidades que passam todo o seu conhecimento aos interesseiros de plantão, perdendo o controle sobre os recursos gerados pelo seu conhecimento. Por aqui, a biopirataria se concentra, principalmente, na Amazônia e, ainda, na Caatinga, Pantanal e Mata Atlântica.

A internet é um dos meios mais utilizados para a venda ilegal de animais silvestres. E a pena para os traficantes é de seis meses a um ano de prisão, além de multas de até R$ 5,5 mil por exemplar apreendido. De cada 10 animais traficados, nove morrem antes de chegar ao seu destino final.



Prejuízo

Cálculos feitos, em 2006, pelo Ibama, mostram que o Brasil tinha um prejuízo diário de US$ 16 milhões graças à biopirataria internacional. As matérias primas e os produtos brasileiros saem daqui e são patenteados em outros países. Com isso, as empresas brasileiras não podem vender esses produtos no mercado internacional e, inclusive, são obrigas a pagar royalties para importá-los.

Sem falar nas plantas nativas que saem ilegalmente do Brasil. São 20 mil extratos que saem por ano e que servem para fabricação de remédios. Como resolver o problema? Na prática, não há como proibir que pessoas e empresas patenteiem recursos biológicos e conhecimentos tradicionais sobre a fauna e a flora dos lugares. Mas existem normas que, regidas por leis internacionais, deveriam ser seguidas. Como aquela que orienta a repartição dos lucros gerados pela utilização de técnicas tradicionais e de recursos naturais por meio do pagamento de royalties às comunidades ou aos países de onde foram apropriados. Mas é claro que, na maioria das vezes, isso não acontece.


Conheça as espécies brasileiras que foram patenteadas por empresas estrangeiras


Açaí

Ou juçara é o fruto da palmeira Euterpe oleracea da região amazônica que teve seu nome registrado no Japão, em 2003. Por causa de pressão de organizações não-governamentais da Amazônia, o governo japonês cancelou esta patente.


Andiroba

A árvore (Carapa guianensis) é de grande porte, comum nas várzeas da Amazônia. O óleo e extrato de seus frutos foram registrados pela empresa francesa Yves Roches, no Japão, França, União Européia e Estados Unidos, em 1999. E pela empresa japonesa Masaru Morita, em 1999.




Copaíba

A copaíba (Copaifera sp) é uma árvore da região amazônica. Teve sua patente registrada pela empresa francesa Technico-flor, em 1993, e no ano seguinte na Organização Mundial de Propriedade Intelectual. A empresa norte-americana Aveda tem uma patente de Copaíba, registrada em 1999.


Cupuaçu

Fruto da árvore (Theobroma Grandiflorum), que pertence à mesma família do cacaueiro. Existem várias patentes sobre a extração do óleo da semente do cupuaçu e a produção do chocolate da fruta. Quase todas as patentes registradas pela empresa Asahi Foods, do Japão, entre 2001 e 2002. A empresa inglesa de cosméticos "Body Shop" também tem uma patente do cupuaçu, registrada em 1998.


Espinheira Santa

A espinheira santa (Maytenus ilicifolia) é nativa de muitas partes da América do Sul e sudeste do Brasil. A empresa japonesa Nippon Mektron detém uma patente de um remédio que se utiliza do extrato da espinheira santa, desde 1996.



Jaborandi

Planta (Pilocarpus pennatifolius) só encontrada no Brasil, o jaborandi tem sua patente registrada pela indústria farmacêutica alemã Merk, em 1991.


sexta-feira, 8 de julho de 2011

bioma pampas

Pampa

Também é conhecido como Campos do Sul ou Campos Sulinos. Ocupa uma área de 176.496 Km² correspondente cerca de 2% do território nacional e é constituído principalmente por vegetação campestre. No Brasil o Pampa só está presente do estado do Rio Grande do Sul, ocupando 63% do território gaúcho e também está presente em territórios da Argentina e Uruguay.

O Pampa é composto basicamente de gramíneas, herbáceas e algumas árvores. Serão graves os impactos da transformação no ecossistema atual em monocultura de árvores, cujo estágio de sucessão é bem diferente.

Toda monocultura provoca um desequilíbrio ambiental, que corresponde com a diminuição de algumas espécies e aumento de outras, além de alteração nas funções ecológicas básicas do ecossistema.

Os Campos da região Sul do Brasil são denominados como “pampa”, termo de origem indígena para “região plana”. Esta denominação, no entanto, corresponde somente a um dos tipos de campo, mais encontrado ao sul do Estado do Rio Grande do Sul, atingindo o Uruguai e a Argentina.

Outros tipos conhecidos como campos do alto da serra são encontrados em áreas de transição com o domínio de araucárias. Em outras áreas encontram-se, ainda, campos de fisionomia semelhantes à savana. Os campos, em geral, parecem ser formações edáficas (do próprio solo) e não climáticas. A pressão do pastoreio e a prática do fogo não permitem o estabelecimento da vegetação arbustiva, como se verifica em vários trechos da área de distribuição dos Campos do Sul.

A região geomorfológica do planalto de Campanha, a maior extensão de campos do Rio Grande do Sul, é a porção mais avançada para oeste e para o sul do domínio morfoestrutural das bacias e coberturas sedimentares. Nas áreas de contato com o arenito botucatu, ocorrem os solos podzólicos vermelho-escuros, principalmente a sudoeste de Quaraí e a sul e sudeste de Alegrete, onde se constata o fenômeno da desertificação. O solo, em geral, de baixa fertilidade natural e bastante suscetível à erosão.

 

Formações lenhosas sempre verdes ( vegetação mediterranea )

     A floresta mediterrânea de bosques e arbustos desenvolve-se em regiões de clima mediterrâneo, que apresentam verões quentes e secos e invernos amenos e chuvosos. É encontrada em pequenas porções da Califórnia, do Chile, da África do Sul e da Austrália. As maiores ocorrências estão no sul da Europa - onde foi largamente desmatada para o cultivo de oliveiras e videiras - e no norte da África. Trata-se de uma vegetação esparsa, que possui três estratos (ou seja, vegetação de três alturas diferentes): um arbóreo, um arbustivo e um herbáceo. Sua fauna é constituída por veados, coelhos, aves, insetos, etc:. Possui pouca umidade, a pressão atmosférica é alta.

Semi Desertos e Estepes

Desertos e Semidesertos
Os desertos têm em comum o fato de receber poucas e irregulares precipitações, apresentar baixíssimas taxas de umidade relativa do ar, céu com poucas nuvens e evaporação alta.
As temperaturas do deserto apresentam grandes amplitudes térmicas, podendo atingir 50ºC durante o dia e cair para -1ºC á noite. Os solos são sempre muito pobres, pedregosos ou arenosos. Nestas áreas encontramos plantas xerófitas e, em algumas regiões com mais umidade, aparecem as “ilhas de vegetação” – os chamados oásis.
Presença de correntes marítimas frias no litoral, altas pressões subtropicais, grandes altitudes e barreiras montanhosas que impedem a passagem de massas de ar úmido vindas do oceano são as principais causas da formação de desertos. O Saara, na África Setentrional, e o deserto da Atacama, no Chile, são exemplos de desertos que se formaram em áreas onde chove muito pouco ou onde não cai sequer uma gota de chuva.
Temos tanto desertos quentes como desertos frios. Em ambos, a vegetação é composta de plantas de pequeno porte, muito espalhadas pela extensão arenosa. Os desertos cobrem cerca de 1/5 da superfície terrestre. Os quentes estão localizados nas proximidades dos trópicos de Câncer e de Capricórnio e os frios, nas latitudes mais altas. Nesses últimos há queda de neve pouca chuva na primavera (150 a 260 mm por ano). As chuvas nos desertos quentes estão concentradas em curtos períodos, intercalados com prolongadas épocas de seca. Na classificação de Köppen, os desertos têm clima BW, sendo BWh nos desertos quentes.
Nas bordas de grandes desertos, aparecem regiões menos secas que esses biomas, consideradas semidesertos. Em muitos continentes são classificadas como estepes, como veremos logo a seguir.
NO Brasil, a caatinga – classificada por alguns especialistas como savana; e pelo IBGE, como estepe (conforme Atlas do Meio Ambiente do Brasil, Embrapa) – é um ecossistema de clima semi-árido ou semidesértico (Bsh, na classificação de Köppen adaptada para o Brasil), apesar de não estar localizada nas margens dos grandes desertos. A caatinga é um ecossistema com plantas rasteiras e árvores, como as savanas, mas, por apresentar características diferentes dessa formação vegetal, é classificada como semideserto: além da vegetação xerófita, a caatinga possui um tipo de clima ligado aos climas secos de Köppen (B), e não aos climas tropicais (Aw) das savanas.

                                                                 (Semi Deserto)


Estepes
Esse bioma é seco e frio, possui vegetação rasteira e as estepes são encontradas na faixa de transição entre os desertos e as florestas.
Os verões são amenos e os invernos muito frios.



                                                                 (Estepes)





Por Luiza Delamare

Floresta Boreal Das Coniferas

A Taiga, do (russo тайга́), também conhecida por floresta de coníferas, ou ainda floresta boreal, é um bioma comumente encontrado no norte do Alasca, Canadá, sul da Groelândia, parte da Noruega, Suécia, Finlândia, Sibéria e Japão. No Canadá, usa-se o termo floresta boreal para designar a parte meridional desse bioma, e o termo taiga é usado para designar as áreas menos arborizadas a sul da linha de vegetação arbórea do Ártico. Em Portugal e no Brasil, o termo taiga é geralmente usado para designar as florestas russas, enquanto que se usa floresta boreal ou floresta de coníferas para as dos restantes países.
Nela, os abetos e os pinheiros formam uma densa cobertura, impedindo o solo de receber luz intensa. A vegetação rasteira é pouco representada. O período de crescimento dura em média 8 meses e as chuvas são pouco frequentes.
Trata-se da zona mais setentrional em que as árvores e as espécies que delas necessitam podem sobreviver. É uma região biogeográfica subártica setentrional e seca, na qual as formas de vida vegetal principais são larícios, abetos, pinheiros e espruces, que estão adaptadas ao clima frio. Também ocorrem algumas árvores de folha larga, nomeadamente vidoeiros, faias, salgueiros e sorveiras. Os pauis e as plantas a eles associadas também são comuns nesta zona, que ocupa a maior parte do interior do Canadá e do norte da Rússia.
A taiga assemelha-se à tundra, porém tem um tipo de vegetação um pouco mais rico.

A taiga não se localiza exclusivamente no hemisfério Norte, encontra-se também em regiões de clima frio e com pouca umidade. Distribui-se em uma faixa situada entre os 50 e 60 graus de latitude Norte e próxima às áreas de América do Norte, Europa e Ásia.

Clima
O clima é sub-ártico, com ventos fortes e gelados durante todo o ano. Estas florestas são frias e recebem pouca precipitação anual (40-100 cm). Há duas estações do ano, Inverno e Verão. O Inverno é muito frio, longo e seco, havendo precipitação em forma de neve; os dias são pequenos. A temperatura oscila entre -54º e 21 °C. O solo é fino e pobre em nutrientes e cobre-se de folhas e agulhas caídas das árvores, o que o torna ácido e impede o desenvolvimento de outras plantas.

Flora
A vegetação é pouco diversificada devido às baixas temperaturas registradas (a água do solo encontra-se congelada), sendo constituída sobretudo por coníferas - abetos (como o Abeto do Norte) e pinheiros (como o Pinheiro silvestre), cujas folhas aciculares e cobertas por uma película cerosa, as ajuda a conservar a umidade e o calor durante a estação fria. Outra conífera que também pode aparecer é o Larício europeu de folha caduca - Lárice. Em certas condições também podem aparecer Bétulas e Faias pretas.
As florestas boreais demoram muito tempo a crescer e há pouca vegetação rasteira. Aparecem no entanto, musgos, liquens e alguns arbustos.
As árvores demonstram a existência de adaptações ao meio. Sendo de folha persistente, conservam, quando a temperatura baixa, a energia necessária à produção de novas folhas e assim que a luz solar aumenta, podem começar de imediato a realizar a fotossíntese.
Embora haja precipitação, o solo gela durante os meses de Inverno e as raízes das plantas não conseguem água. A adaptação das folhas à forma de agulhas limita, então, a perda de água, por transpiração. Também a forma cónica das árvores da Taiga contribui para evitar a acumulação da neve e a subsequente destruição de ramos e folhas.

Fauna
Os animais da taiga são alces, focas, renas, veados, ursos, lobos, raposas, linces, arminhos, martas, esquilos, socis morcegos, coelhos, lebres,tigres e aves diversas como por exemplo pica-paus e falcões. Os charcos e pantanosos que surgem no Verão constituem um ótimo local para a procriação de uma grande variedade de insectos. Muitas aves migradoras vêm até à Taiga para nidificar e alimentar-se desses insetos.

Fotos

Deserto Gelado

Deserto Gelado do Pólo Norte



Na tundra, o inverno dura nove meses, durante os quais a noite é contínua e a temperatura em algumas regiões pode descer a -50°C. No verão, a temperatura pode atingir 10°C. Durante séculos, tal deserto que se estende pelo Alasca, Canadá e Sibéria, foi percorrendo apenas por esquimós. O rio canadense Mackenzie e os grandes rios da Sibéria permitem a navegação apenas no sentido norte-sul durante o verão, mas o grande número de lagos e pântanos torna praticamente impossível o deslocamento no sentido leste-oeste, exceto por trenós puxados por cães, usados no inverno. A cidade de Churchill foi implantada no ártico, localizada na Baía de hudson, no Canadá, foi fundada em 1896, por uma empresa de comércio de peles. No inverno, a temperatura desce a -40°C. O meio de transporte é o esqui a motor, substituindo os trenós, puxados por cães. Embora bastante desprotegido naturalmente, o homem tem se adaptado a ambientes que apresentam condições extremas de pressão, calor e frio.